Nasci às
margens do oceano entre as dunas e as serras
Sob o sol
azul de nuvens brancas e aspecto sereno,
Sobre a
areia branca lavada pelas espumas flutuantes,
Na minha
infância tudo era calmo não havia filas,
Minha gente
lenta e gradualmente fazia o trabalho
Como
colonos e nativos felizes dessas paragens;
Fui
crescendo com o próprio tempo, lenta e gradualmente,
As idas e
vindas de viajantes ordeiros a nos freqüentar
O mar
generoso, em peixes e crustáceos, nos dava o sustento,
Era grande
a alegria estampada no rosto da minha gente,
O sol
escaldante de verão, sempre a nos lembrar
Que o
inverno rigoroso e longo estava chegando;
Finalmente
tomei vida própria, uma adulta generosa,
Criei
oportunidades à todos os meus afetos e desafetos,
Nem sempre
agradamos a toda nossa prole de forma uniforme,
Posso
afirmar, o tratamento foi igualitário na sua essência
Somos
questionadas do sucesso de uns e o fracasso de muitos,
Essa
disputa pelo crescimento é ao ser humano inerente;
Vendo o
canal se aprofundar para maiores embarcações,
Necessidades
que as novas demandas passaram a exigir,
O
Itajaí-açu se apertando entre portos e grandes navios,
Verdadeiro
corredor do desenvolvimento para exportações,
Um
fantástico mundo criado pela competência a surgir,
É a nossa
contribuição aos nossos antepassados açorianos;
Hoje, no
auge dos meus 50 anos e na minha efetiva maturidade,
Sou orgulho
de um povo que se envaidece do seu passado
De lutas e
glórias, e do seu futuro de grande prosperidade,
Dos filhos
natos ou não, a todos eles, o meu maior desejo,
Que o
sucesso não seja o bem maior das nossas causas
Mas, que
elas sejam a eterna humildade das nossas vidas
Genival
Torres Dantas
Escritor e
Poeta
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