A
presidente Dilma tem apostado nos investimentos para a infraestrutura no setor
da logística brasileira, no sentido de facilitar e tornar o custo Brasil, nesse
setor, mais barato. O último pacote de concessões, de R$133 bi, aplicáveis em
20 anos é apenas parte de um montante que deveria ser aplicado para
efetivamente implementar nossa economia como um todo. A nossa necessidade
requer investimentos maiores. Há quem afirme da necessidade de R$2.5 trilhões
para os próximos 25 anos, ou seja, R$100 bilhões por ano a mais para que
possamos crescer 4% anualmente, elevando nosso crescimento do PIB de 2 para 4%,
um número mínimo ideal para qualquer economia, para que possa acompanhar o
número de trabalhadores que entram no mercado de trabalho. O que acontece é que
estamos investimento apenas 6% para modernização e ampliação das nossas
necessidades estruturais.
Esse
tipo de pacote nos deixa cético na medida em que voltamos ao passado e
verificamos que a PAC tem sido motivo de desencanto quando sabemos que projetos
anunciados em anos anteriores, caso específico do ano de 2008, obras licitados
no governo Lula e nada foi feito.
Outra
preocupação é a nova administração desse novo projeto, inicialmente criada a
empresa EPL (empresa de planejamento logístico), com estrutura parecido com o
Geipot (Grupo executivo de Integração da Política de Transportes), criação do
governo militar, 1965, e desativada em 1999. Já nomeado pela presidente Dilma
para presidente da estatal, o Sr. Bernardo Figueiredo, pessoa de confiança da
presidente, porém, um nome rejeitado pela base governista quando ele foi
indicado para a Agência Nacional de Transportes (ANTT).
Dos
valores aplicados nesse novo projeto, de R$133 bi, 79 bi serão aplicados nos
primeiros 5 anos, e as empresas concessionárias vão ter que construir 10% da
obra projetada para ter direito ao início da cobrança de pedágio, receita que
fará jus o operador da rodovia ou ferrovia. Com a responsabilidade de ampliar,
fazer a manutenção e operar o trecho ao concessionário concedido. Fonte de
renda bancada pelo o usuário das ferrovias e rodovias que serão licitadas, numa
extensão final de 10.000
km e 7.500
km , respectivamente. Lembrando que 80% dos recursos
aplicados nesse projeto serão financiados pelo BNDS.
Notamos
que esse novo projeto está voltado apenas para rodovias e ferrovias, quando
sabemos que outras modalidades de transportes fazem parte da logística, como a
marítima, e aeroviário, de apoio a produção agrícola e industrial, com portos e
aeroportos. O transporte rodoviário, sem dúvida é o transporte mais barato para
escoamento da produção, normalmente inicia-se num porto ou termina nele, uma
preocupação que não está havendo nesse momento. Não podemos deixar de ter uma
ótica integralista quando tratamos de transportes, temos que ter uma política
facilitadora e econômica.
Esperamos
que, apesar de todas essas preocupações, o novo projeto seja executado de forma
séria, voltado para a retirado dos nós da nossa economia, da desobstrução da
nossa economia, da criação de novos empregos, e que venha acelerar nossa
economia, principalmente a sustentada, tão carente de incentivos e respeito de
todos nós.
Genival
Torres Dantas
Escritor
e Poeta
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